Manifesto I.A.
uma lista de motivos para ter receios com a "inteligência artificial"
Manifesto I.A.
Uma coleção de artigos e discussões que frequentemente chamam a minha atenção quando falamos de "inteligência artificial". Uma ferramenta nova e ainda em desenvolvimento, mas que já chama muito a atenção encantando grandes empresas e que se faz urgentemente necessário enfrentarmos a realidade das repercussões, que a curto e longo prazo, podem nos afetar gravemente se o seu uso continuar sem legislação e parâmetros.
- O consumo de energia para o uso da ferramenta é insustentável - O ChatGPT gasta cerca de uma garrafa d’água para gerar um único e-mail com 100 palavras, além de consumir 0,14 kWh, o equivalente ao necessário para manter 14 lâmpadas de LED acesas por uma hora. - CNN
- A ferramenta custa bilhões para ser mantido e até agora sem perspectiva de ganhos futuros - Sob pressão por resultados, big techs devem gastar US$ 200 bi em IA neste ano - bloomberg
- Ele não cria conteúdo, só faz um remix daquilo que encontra na internet, inclusive a si próprio. Tal conteúdo já existe na internet sem respeitar direitos autorais, e sem poder ter direitos autorais - forbes
- I.A. não passaria no ENEM - "Alunos do 8º ano [de 13 anos de idade, em geral] conseguiriam escrever algo mais organizado e bem construído", afirma o professor Renato Fonseca, do Cursinho da Poli, após corrigir a dissertação da Meta AI. "O que se vê é um aglomerado de ideias sem desenvolvimento ou planejamento." - g1
- Spotify o usa para criar músicas e playlists genéricos para não precisar pagar os míseros centavos aos artistas, reduzindo música a contéudo e não mais como expressão artística - Gioia fears that AI’s role in music is primarily a cost-saving measure
- Empresas usam para produzir textos, artes, vídeos e etc genéricos para satisfazer o algoritmo e não precisar pagar pessoas reais que produzem conteúdos originais e elaborados - Embalagens das bonecas Barbie inspiradas no filme Wicked direcionam consumidores a site de conteúdo adulto; fabricante diz que tomará providências
- Pessoas criam personagens para substituir relações e até casamentos - forbes
- A internet é recheada de informações erradas e de postagens sem autoria, terra de ninguém. O Twitter, um dos maiores fornecedores de desinformação, noticias de fandoms e discussões cheias de meme agora não permite que os usuários protejam tenham escolha sobre o que compartilham - the standart
- No podcast de Aline Valek o convidado Alex Luna propõe que deveríamos usar as ferramentas I.A como substituto do Google, para minar resultados, mas tratar como um “estagiário burro”. - 4.3. esse antigo medo de rôbos
- Induz ao suicídio em seu programa de conversas (Character A.I.) - “I want them to understand that this is a platform that the designers chose to put out without proper guardrails, safety measures or testing, and it is a product that is designed to keep our kids addicted and to manipulate them,” Garcia said in an interview with CNN.
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Your boyfriend isn’t your camera man - no mundo real do instagram namorados reclamam de ter sempre que tirar milhares de fotos para encontrar a postagem perfeita e os efeitos do mundo visto através de “momentos perfeitos.”
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The Substance (2024) - uma reflexão que só um bom filme de “terror’ pode trazer, pois afinal são verdadeiros os horrores que vivemos no mundo da realidade virtual (instagram!) e a demanda da juventude eterna. no mubi
Pedro Peres - Fascinação (1902) [Pinacoteca de São Paulo - acervo pessoal]
“O que é vertigem? Medo de cair? Mas porque temos vertigem num mirante cercado por uma balaustra sólida? Vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio debaixo de nós, que nos atrai e nos envolve, é o desejo da queda do qual nos defendemos aterrorizados." - Milan Kundera (A Insustentável Leveza do Ser)